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domingo, 19 de abril de 2015

CALENDÁRIO


O calendário é coisa do homem. Não tem nada de divino. Há coisas na vida dos seres humanos que advêm da natureza. É biológico. Há outras coisas que foram criadas pelo homem. Os médicos, por exemplo, administram questões ligadas à natureza humana. Já os advogados são ligados a questões criadas pelo homem (as leis, por exemplo). Portanto há profissões que militam no universo natural, biológico. Em última analise, do divino. Há outras que são ligadas às criações humanas. Seguem o que a sociedade, a cultura e a tecnologia do seres humanos criaram. Acredito mais a consistência das coisas que vieram da natureza, da criação divina. Estas seguem um rito próprio e coerente. Seguem sua própria lógica. Contudo, todas as questões advindas do homem sofrem modificações conforme o tempo, a classe dominante, as necessidades de momento, etc.. Porém, uma das coisas que foram criadas pelo homem que acho fantástica é o calendário. O calendário cria esperança, pois mensura dia, semana, mês e ano. As pessoas se propõem a renascer no mês que vem ou no próximo ano. “Ano novo, vida nova”. O homem ao visualizar uma data ele se propõe fazer mudança em sua vida, tênua ou radical, de forma simples e direta. Nas mudanças do calendário há sempre uma possibilidade de se renascer, de se reinventar. Sem nenhuma mágica ou milagre. Os animais, por exemplo, vivem sobre uma lógica da natureza: nascem, alimentam, crescem, reproduzem e morrem. Sabem e sentem apenas se é dia ou noite, se faz frio ou calor, se é época de alimentação mais farta ou mais escassa, se é tempo de acasalamento. Vão sobrevivendo. Se a mãe natureza for generosa a vida deles segue um roteiro do nascimento a morte, sem atropelos, numa boa. Já o homem, pelo advento do calendário, não se atem a sobrevivência. Vive e renascem para a vida várias vezes durante sua existência. Isto é muito bonito. Pena que não seja divino.

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