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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Sopro no Coração, você sabe o que é?

Com certeza você já ouviu falar que fulano ou beltrano tem sopro no coração e deve ter ficado se perguntando como é isso. O que é esse tal de sopro? Como uma pessoa pode viver com um problema como esse? Pois bem, saiba que uma média entre 30% e até 50% das crianças têm sopro no coração e crescem normalmente. Então o problema não é grave, poderíamos afirmar, mas, aí, a resposta é “depende”. Depende do tipo de sopro.

Sim, ele varia. Podem ser funcionais ou fisiológicos (também chamados “normais” ou sopro inocente); ou patológico (“anormais”). O primeiro tipo é o que acarreta o elevado índice de ocorrência do sopro. Acontece desde em bebês e crianças a adultos, incluídos os com corações saudáveis. O segundo tipo é mais complicado e pode exigir soluções que envolvem intervenções cirúrgicas. Pessoas com sopros “normais” podem conviver com o problema ao longo da vida sem ter problemas.
Mas, respondendo à pergunta, o sopro é um problema que ocorre quando o sangue no interior do coração passa por um orifício menor do que deveria. Nesse caso, quando o coração é auscultado, se ouve um ruído, como se fosse um sopro no ouvido.
O problema ocorre quando uma das quatro válvulas cardíacas tem a passagem do sangue reduzida ou quando permite que o sangue retorne. No primeiro caso temos a “estenose” e no segundo uma insuficiência.  Embora o sopro não seja uma doença, exige cuidados de um cardiologista, que investigará o seu motivo, pois algo, com certeza, está funcionando de forma incorreta.
De acordo com a idade da pessoa onde ocorre o sopro, também muda a perspectiva de atenção. Nas crianças, como vimos, é comum e pode ser congênito. Já no idoso, pode ser consequência direta do mau funcionamento das válvulas cardíacas, ou sequelas de um infarto ou de uma endocardite.
Vale lembrar que há fatores que podem levar ao sopro da classificação “normal”, resultante de um fluxo de sangue mais rápido. Algumas são a prática de atividades físicas, a gravidez, a existência de febre, uma anemia ou o hipertireoidismo, além de alterações provocadas por cirurgias cardíacas.
Quanto a maior gravidade dos classificados como “anormais” é associada à má formação estrutural do coração. Há casos de ocorrerem interligações entre as câmaras cardíacas ou de válvulas com funcionamentos irregulares, considerada uma cardiopatia congênita. Além dessas há causas resultantes de infecções ou outros problemas que afetam o coração, como a febre reumática, o prolapso da válvula mitral ou a endocardite.

É possível buscar algumas formas de prevenção, tais como as mulheres evitarem álcool, drogas e alguns medicamentos durante a gravidez; investigar o histórico de doenças cardíacas na família e manter a pressão arterial sob controle. Apesar disso, há fatores que aumentam os riscos, como já ter tido um infarto, endocardite, febre reumática, ter feito radioterapia próxima do peito ou ter hipertensão pulmonar.
No caso do sopro “anormal” alguns sintomas, além da “auscultagem” podem ser facilmente identificados, ao contrário do outro. São eles, veias do pescoço aumentadas, tosse crônica, inchaço ou ganho de peso repentino, fígado inchado, falta de apetite e/ou de ar, dor no peito, desmaio e tontura, dificuldade de crescimento (crianças), e transpiração intensa com o mínimo ou nenhum esforço e pele azulada (cianose), especialmente nas pontas dos dedos, língua e lábios.
Em todos os casos, o acompanhamento de um médico é fundamental, mantenha sempre seus exames em dia.

Dr. Flávio Cure Palheiro- Cardiologista.

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