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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Sobre a necessidade de termos mulheres e homens nobres

Esta semana ao ler a coluna do escritor angolano José Eduardo Agualusa e seu relato sobre a greve de fome em protesto pela privação de sua liberdade e de mais três amigos, do engenheiro e rapper Luaty Beirão, também angolano e comprometido com as causas sociais de seu país, me fez pensar em quanto estamos precisados de homens nobres.
Homens e mulheres nobres. Não aquela nobreza advinda da opulenta marcadas monarquias, realezas deslocadas e descoladas da realidade que vivemos. Que nos servem mais de alegoria e material para colunas sociais, de celebridades e tudo mais, do que de qualquer outra coisa.
Pois bem, falo da nobreza de alma. Ouvindo os atores Lázaro Ramos e Taís Araújo falarem sobre a peça que encenam sobre o último dia de Martin Luther King, vi o quão carente estamos ou de alguma maneira sempre seremos.
Mas não quero dar uma visão pessimista. Não é que eles e elas não existam. Citei dois neste texto. Eles e elas existem e estão aí. Mas o esmagamento de suas causas, de seus sonhos, a eficácia em desmobilizá-los é inacreditável.
Mas como uma ação divina, eles vão surgindo, elas vão brotando das angústias individuais ou coletivas ou das coletivas que passam a ser individuais. E perseveram em fazer a diferença.
Uma outra peça mostra a poesia de Carolina Maria de Jesus, poetisa da favela, de seu jeito, suas formas, uma rainha,alma nobre que nos inspira.Pode parecer até uma contradição meu texto, nada mais é que a inquietação desse tempo onde como diz a frase que uma vez ou outra sempre trago de volta aos meus textos, "Sobreviver cansa".

Talvez não seja uma escassez de homens nobres, seja uma abundância de homens maus.
"A nossa luta é todo dia. Favela é cidade. Não aos Autos de Resistência, à GENTRIFICAÇÃO, à REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL, ao RACISMO, ao RACISMO INSTITUCIONAL, ao VOTO OBRIGATÓRIO, ao MACHISMO, À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER e à REMOÇÃO!"
 Mônica Santos Francisco- Jornal do Brasil - Membro da Rede de Instituições do Borel, Coordenadora do Grupo Arteiras e Consultora na ONG ASPLANDE.(Twitter/@ MncaSFrancisco)

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