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segunda-feira, 25 de julho de 2016

O mundo pede Solidariedade .........

As crises que o mundo vive, não há dúvidas, não têm como razão a religião, como advogam aqueles que falam dos islamitas. A crise é e sempre será impulsionada pelo desespero financeiro, e o colapso de um sistema em diversos países, sobretudo na Europa, explica bem mais satisfatoriamente a sequência de ataques nos Estados Unidos, na França, na Alemanha, nesta segunda-feira (25) no Japão, entre outros países.
Estadistas europeus se apressam em apontar o Estado Islâmico como bode expiatório, mas a crise que perpassa o Velho Continente é bem mais patente que os conflitos religiosos. Estes são quase decorrência daqueles primeiros. Basta pensar, por exemplo, na radicalização do discurso da extrema-direita e sua ascensão na Europa, bem como os refugiados sírios necessitados e seus barcos afundados no Mediterrâneo no percurso para a “civilização“.

Há um colapso, ele não está na religião. Há um colapso evidente na política. Na França, um presidente de centro-esquerda enfrenta uma crise de popularidade e vê contra si trabalhadores nas ruas protestando contra reformas que fazem recuar direitos conquistados duramente. A Espanha, já se vai um ano, segue sem conseguir criar uma coalizão para governar o país – note-se: um país sem governo por quase um ano. E no Reino Unido um primeiro-ministro contrário à saída da União Europeia foi quem sugeriu a possibilidade.
Em Portugal, esquerda e direita se debatem e se chocam, só não conseguem governar. No caso do país, o âmbito privado mistura-se ao público. Exemplo maior disso é o Banco Espírito Santo, que, não satisfeito em roubar, atracou o cofre de uma empresa que um dia o governo tentou tornar uma multinacional de telecomunicações. Se o grupo só atracasse os cofres públicos não seria nada. Mas saqueou, também, o cofre do povo brasileiro, quando o BNDES foi roubado.
Aqui no Brasil, os interesses privados de nativos e a força do dinheiro também avançam sobre a população. Médicos são cooptados por um plano de saúde para que eles reaproveitem o material cirúrgico em procedimentos cardíacos, algo extremamente grave é proibido pela Anvisa. É como se o sacerdócio pregasse a pedofilia, tal a gravidade do crime. O médico estaria exercendo um sacerdócio às avessas, reutilizando material para infectar o paciente a quem ele deveria salvar.
A corrupção das empresas brasileiras está em todos os níveis. O grande empresário – corruptor – age sobre o funcionário público – corruptor. O mundo está à venda e aqueles que não conseguem vendê-lo nem comprá-lo estão sendo sacrificados e oprimidos. Dos botes afundados às vítimas de golpes de bancos, passando pelas empreiteiras, quem não consegue lugar nessa imobiliária está definitivamente decapitado.
Jornal do Brasil

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