No Brasil, as cores são muitas.
Depende da época;
depende do ponto de vista.
No começo da história que consideramos nossa,
a consciência era dourada e vermelha.
Dourada do ouro cobiçado da terra;
vermelha do pau-brasil levado,
da pele dos índios amordaçados.
Depois, a consciência perdeu a vergonha,
nem mais enrubescia vendo os navios negreiros,
ouvindo o açoite, cheirando o sangue.
Mas a consciência tentou se limpar
e veio o reconhecimento das lutas,
dos gritos!
Porém sua cor continuou cinza,
manchada de lágrimas que custam a secar;
sua voz continuou rouca,
engasgada de medos que custam a passar;
e seu passo continuou lento,
dolorido das feridas que custam a cicatrizar.
Mas o passo é firme e forte.
Não se abala fácil]
E a voz é rija e bela.
Não se cala fácil]
E sua cor é NEGRA.
Forte, rija, bela, corajosa]
E sua voz se ouve feito canto,
que atravessa a noite,
e se nutre de sol]
Homenagem do PARAMAZONAS ao DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA, 20 DE NOVEMBRO!
Edição: Diretoria Social.
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