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segunda-feira, 13 de abril de 2015

O GOVERNO DEU MOTIVO PARA A IRRITAÇÃO DAS PESSOAS

Parte da irritação dos manifestantes se deve ao momento da economia. E o governo deu motivos para as pessoas ficarem irritadas. O começo de ano está repleto de más notícias. Com inflação alta e recessão, passamos pelo padecimento econômico, que traz insegurança às pessoas.
Muitos trabalhadores perderam o emprego. Cerca de 1 milhão de pessoas entraram na lista de desempregadas, segundo a Plano Nacional de Desenvolvimento, Contínua. Mas a alta rápida e forte da inflação irritou mais.
O IPCA passou de 8% nesse começo de ano, além do que é tolerável pela população brasileira. Ela, que não aguenta mais uma inflação desse tamanho, fica irritada e o resultado é queda na popularidade do governo. É o que historicamente acontece e que ocorreu mais uma vez agora.
A presidente Dilma está com a popularidade baixíssima para quem foi reeleita há pouco. A queda foi muito forte. Atrapalhou o discurso usado na campanha, quando a candidata atacou os adversários dizendo que eles aumentariam os juros e fariam o tarifaço. Assim que acabou a votação, a realidade começou a aparecer; a política econômica adotada foi exatamente a que ela criticara.
A subida de preços mais forte foi no setor de energia, por erros cometidos no mandato anterior. A presidente tomou decisões que, inevitavelmente, levariam ao aumento forte das tarifas.
O rombo entre o que as distribuidoras gastam para entregar a eletricidade e o que cobravam dos consumidores foi sendo tapado com empréstimos para serem pagos nas contas de luz. O governo criou o problema e deu a solução: aumentar o preço da energia depois das eleições.
Na economia, não há razões para alegria no momento. Com o encontro de tantos fatos ruins, no lado fiscal também, o estranho seria consumidores e contribuintes ficarem satisfeitos com a política econômica.
As pessoas estão sentido de maneira concreta o momento ruim da economia. O orçamento da casa está mais curto, o preço da conta de luz ficou exagerado, a comida está mais cara e a insegurança em relação ao mercado de trabalho vai aumentando.
Tudo isso é motivo para irritação.
O governo também detonou o processo de irritação ao não poder dizer que o problema é passageiro e será superado de determinada forma porque, durante a campanha, a candidata preferiu escondê-lo.
A mesma campanha que deu a vitória à Dilma foi a que cavou a queda de sua popularidade. É mais um ingrediente para a irritação; as notícias são ruins e ela não havia dito que tomaria as medidas que agora aplica na economia.
O relatório Focus divulgado nesta segunda-feira aponta para uma inflação abaixo do teto da meta daqui a 12 meses, o que poderia indicar que o pior momento já passou. Mas o governo precisa trabalhar para que esse cenário mais benigno se confirme. Os resultados do Focus de um ano atrás previam a inflação dois pontos abaixo dessa que temos atualmente. Se a melhoria no cenário não se confirmar, as projeções serão revistas para pior.
O governo precisa trabalhar muito, severamente, para o cenário positivo se confirmar. Tem que reduzir rapidamente a inflação e reverter as dificuldades neste ano para que em 2016 o país possa crescer.
Até lá, o governo vai ter que aguentar o mau humor dos brasileiros porque fez por merecê-lo. Conjunturas ruins abalam todos os países. Mas os erros do primeiro mandato e o comportamento durante a campanha inflaram a irritação. (Miriam Leitão).

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