Pior forma de governo, exceto todas as outras. A democracia entrou na mira da frustração causada pela crise econômica mundial. Muitos países discutem modelos diferentes, com alguns flertando com o extremismo. Até o Brasil vive um reflexo disso, enfiado num vácuo de representatividade que separa a classe política dos cidadãos.
Tudo parecia ir bem, até que a economia estragou o clima. Desde a queda do muro de Berlim, casa vez mais davam poder ao povo e se transformavam em democracias, mas o sistema político começou a mostrar problemas por volta de 2008. A crise financeira chegou, mostrou suas garras e corroeu o que havia de confiança nas instituições. Na outra ponta desse cenário, ganhavam força movimentos extremistas, retrocessos políticos e populismo crescente.
Foi assim em muita parte do mundo, entre elas, o Brasil. Esse movimento chegou aqui um pouco mais tarde e de maneira sensivelmente diferente. Mas, assim como a reação inicial contra a tal "marolinha", o "gigante" adormecido, começou a se mexer ao vislumbrar mais problemas pela frente.
O país parecia que ia despertar em junho/2013, mas a eleição do ano passado trouxe uma resposta mais conservadora das urnas e, desde o começo de 2014, surgiram vozes radicais que pedem a volta dos militares e do autoritarismo.
O problema crucial do Brasil passa também pelo desencantamento e falta de identificação entre cidadãos e políticos. Mesmo que não haja uma situação extrema, a insatisfação está ligada ao malfadado modelo com o qual o país convive, ou seja, uma intrincada rede de partidos políticos que confundem o cidadão e geram a paralisia do desenvolvimento da nação. Enquanto os brasileiros brigam e se rotulam de "coxinhas" e "petralhas", há uma perda de foco dos verdadeiros problemas políticos do Brasil. É assim que a democracia começa a ser colocada em cheque. É dessa maneira que o povo perde a sua força. (Fonte: Crise Política x Democracia - UOL).
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