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terça-feira, 26 de maio de 2015

Vestibular X Vida : Os jovens estão preparados? "Educar é ensinar a pensar" (Sócrates)

O Exame do Vestibular se tornou um rito de passagem dos jovens estudantes: do mundo adolescente para a maturidade de quem escolhe uma profissão para sobreviver independentemente na vida. À sua volta, ecoam vozes e cobranças diretas e indiretas: “Você tem de ser o número um!”; “Ser bom só, não é suficiente!”; “Enquanto você está aqui perdendo tempo, tem um concorrente seu estudando!”... Dentre os candidatos, um grande número não é aprovado, mesmo reunindo todas as condições de “conhecimento da matéria”. A ansiedade pode estar dentre as causas da não aprovação. Além da escolha decisiva por uma profissão ocorrer na adolescência, o que exige o conhecimento prematuro de variáveis como mercado de trabalho, área de atuação e salário, outro fator que contribui para a ansiedade, é o fato de os processos seletivos se caracterizarem por uma acirrada competição que não depende apenas do próprio esforço do candidato, mas também do desempenho dos outros.

          Cerca de 45% dos jovens que prestarão vestibular no fim do ano ainda não escolheram a profissão no primeiro semestre. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade Paulista Anhembi-Morumbi, que entrevistou quase 20 mil estudantes 1. E o drama se repete todo ano. Às vésperas do vestibular, grande parte dos candidatos continua perdida. Não sabe o que quer, ou quer tanta coisa que não consegue escolher. Isso acontece porque escolha vocacional ou profissional coincide com o período em que o adolescente está construindo a sua personalidade. Antes de ser “vestibulando”, o jovem é um ser em busca de sentido. E este sentido pode estar muito ligado à profissão que vai exercer ao longo da vida.  Por esse motivo, também é importante aliar o “útil ao agradável”, ou seja, indagar-se: Eu gosto de fazer isso? Eu tenho as habilidades e talentos necessários para exercer tal função? Aquele que faz o que gosta se frustra menos e tem mais chance de alcançar o sucesso. Dessa forma, a escolha profissional é multifatorial e influenciada por aspectos políticos, econômicos, sociais, educacionais, familiares e psicológicos.
          Nesse contexto, vale ressaltar que: O problema da educação se reflete no vestibular e em concursos de uma forma em geral. Alguns vestibulares chegam a reprovar, já na primeira fase, 70% dos candidatos, corroborando com sentimentos de menos valia daqueles que disputam suas vagas. Em seguida, a competência para se sair bem no vestibular não é a mesma necessária para se sair bem na vida. Contraditoriamente, muitos educandos constroem saberes, passam nos vestibulares, mas não conseguem mobilizar o conhecimento para aplicá-los em situações do dia a dia.  Impera no país um modelo voltado para o treinamento, enquanto o mercado precisa de pessoas que dominem a prática.
          Curso superior não garante emprego. Precisamos de uma escolaridade que garanta o diploma, mas que assegure também o aprendizado nos moldes do século 21 e que responda às necessidades do mercado de trabalho, pois as empresas buscam pessoas com espírito de liderança, que desenvolvem pensamento crítico e aplicam conhecimentos na prática.
     A educação deixou de ser uma simples técnica de passar conhecimento. É preciso educar pela competência, estimulando os alunos e passando valores para eles. É preciso ser competente para poder competir. Mas é preciso ir além e aprimorar as competências transversais, que são a relação entre o conhecimento técnico e habilidades e atitudes da pessoa na prática. É preciso saber, poder e querer fazer algo. O conhecimento tem que permitir ao individuo a inserção no mundo globalizado. Não basta levar crianças e adolescentes para a sala de aula para resolver o déficit educacional crônico no país. É preciso acima de tudo fazer com que haja ensino de qualidade que propicie oportunidades para que aconteçam mudanças que desencadeiem desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.
          Convido-os a uma reflexão profunda sobre o sistema educacional que temos hoje.Para que possamos identificar suas falhas e tentar corrigi-las. É preciso acreditar que o Desenvolvimento é um processo que tem na Educação a sua mais nobre sustentabilidade. E acima de tudo, lembrar que Educação é um problema de todos: PAIS, PROFESSORES, GOVERNANTES, FORMADORES DE OPINIÃO, ESTUDANTES, E PRINCIPALMENTE OS GESTORES.
Fonte: Christiane Lima- Assistente Social e Pedagoga. 

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