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domingo, 17 de janeiro de 2016

O Valor de ser alguém ........


Viver em grupo representa muito mais do que morar na própria rua ou no próprio prédio. O sentimento de companheirismo e parceria daqueles que estão sempre por perto, parece ser pouco reconhecido e cultivado.
Nas cidades maiores, o grande número de pessoas circulando parece dissolver as relações de gentileza do convívio diário.
Viver em comunidade hoje, parece ser possível somente em cidades pequenas. Lá as pessoas sabem quem é quem, os filhos, irmãos, netos, país e avós. Sabem quem são os médicos da cidade, os advogados, professores, farmacêuticos. Mas o mais importante é a sensação de cooperação mútua, troca de favores e até afagos do dia a dia.

É claro que o anonimato tem lá sua utilidade, muitos encontram nele uma espécie de "sossego" para levar sua vida sem muitas interferências, mas será que se isolar e não querer muito papo com os outros é um ganho ou uma perda? Já foi incorporado a "normalidade" do mundo moderno?
A sensação de formar e pertencer a um grupo está na natureza, na essência do ser humano, mesmo que ele tente ir contra ela. Formam-se grupos nos ônibus, trens, grupos de pais de crianças ou da academia, que freqüentam shows e viajam juntos. Seja na dificuldade ou na alegria, a união geralmente se dá entre pessoas que estão bem dispostas.
Nem tudo será as mil maravilhas, mas os desentendimentos se contornam, os grupos se reorganizam e novos integrantes aparecem enquanto outros saem.
Viver na multidão, também é viver desprotegido, sozinho, mais vulnerável as fraquezas da sociedade sem identidade, que só enxerga de forma maximizada e "globalizada". Quando você vê está englobado em uma massa e sendo tratado como mais um. Muitas vezes em um grupo onde você não se identifica.
Em alguns países ou cidades são valorizados, festas, atividades, eventos locais, que unem as pessoas da região, valorizam os dotes e dons de cada um, brincam com a cultura e tradição, seja através de danças, festivais de comida típica, arte, música e competições de esporte. Tudo é motivo para integrar as pessoas e promover o convívio social harmonioso e até prazeroso.
Há quanto tempo você não houve falar da palavra gincana? Nestas brincadeiras ao ar livre, todos se sentem valorizados, sejam as crianças ou os idosos. Planta-se e cresce o orgulho de fazer parte de um lugar. Ao contrário de jovens perdidos querendo ser de uma gangue de pichadores ou usuários de drogas, para se identificarem.
Para querer estar perto é preciso gostar de pessoas e ter iniciativa. O ser humano está perdendo as duas coisas. Curte cada vez mais viver em uma caverna e ser individualista.
Onde não se planta não se colhe.
Onde se planta semente ruim, não se espera um grande fruto. 
Onde os outros plantam o que querem para você não se pode reclamar do que vem para a sua mesa.
Ou arregaçamos as mangas ou só teremos o espantalho como recordação do que um dia foi uma plantação.

Paulo André Issa
Escritor e Médico Psiquiatra
www pauloandreissa com br

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