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segunda-feira, 21 de março de 2016

AS SETE DORES DE NOSSA SENHORA ............


Dentro da tradição católica de suas celebrações ligadas à piedade popular do tempo quaresmal se celebra, na semana que antecede a Semana Santa, a Semana das Dores, celebrando as Dores de Nossa Senhora. Também durante a Semana Santa essa tradição é contemplada em muitas celebrações. A Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora relembra as principais dores que a Virgem Maria sofreu em sua vida terrena, culminando com a paixão, morte e sepultamento de Seu Divino Filho. E é junto à Cruz que a Mãe de Jesus torna-se Mãe de todos os homens e do corpo Místico de Cristo: a Igreja Católica. Unir-se às dores de Maria é unir-se também às dores de Nosso Senhor Jesus Cristo. Onde está a mãe está também o Filho.

1ª. Dor - Apresentação de meu Filho no templo
Nesta primeira dor veremos como meu coração foi transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que meu Filho seria a salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros. A virtude que aprendereis nesta dor é a da santa obediência. 
Ao ouvir essa profecia Maria continuou firme na fé, confiando no Senhor: “Em vós confio”. Quem confia em Deus jamais será confundido. Nas vossas penas, nas vossas angústias, confiai em Deus e jamais vos arrependereis dessa confiança. Mesmo prevendo dores e sofrimentos em procurar fazer a vontade de Deus, continuemos firmes e confiantes no Senhor.
2ª. Dor - A fuga para o Egito
Após o nascimento de Jesus, o Rei Herodes quis matá-Lo e, por causa disso, um anjo do Senhor apareceu a São José e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise". Obediente, "José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito." (Mt 2, 13-14). 
Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados dos pecados. Estejamos unidos a tantos que sofrem perseguição e são obrigados a fugir de seus países.
3ª Dor - Perda do Menino Jesus
A dor de Maria pela perda de Jesus foi sem dúvida uma das mais acerbas; porque ela então sofria longe do Filho, e a humildade fazia-lhe crer que Ele se tinha apartado dela por causa de alguma negligência sua. Sirva-nos esta dor de conforto nas desolações espirituais, e ensine-nos o modo de buscarmos a Deus, se jamais para nossa desgraça viermos a perdê-Lo por nossa culpa. 
Aqui nos unimos a tantas situações de famílias que “perdem” seus filhos em tantas dependências e situações. Somente no retorno ao Senhor representando pelo templo é que serão reencontrados.
4ª. Dor - Doloroso encontro no caminho do Calvário
Um dos momentos mais pungentes da Paixão é o encontro de Jesus com Sua Mãe no caminho do Calvário. Na ocasião, a troca de olhar com o Filho, a constatação das crueldades que Ele estava sofrendo, tudo causava imensa dor no Seu Coração de Mãe. Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.
Nós nos unimos à dor de tantas mães que trocam olhares com seus filhos que carregam tantas cruzes e tantas dores no mundo de hoje.
5ª. Dor - Aos pés da Cruz
Maria acompanhou de perto todo o sofrimento de Jesus na Cruz, e assistiu de pé à sua morte: "junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena" (Jo 19, 25). Depois de três horas de tormentosa agonia, Jesus morre. Maria, sem duvidar um só instante, aceitou a vontade de Deus e, no seu doloroso silêncio, entregou ao Pai sua imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão para os criminosos. 
Quantas situações de cruzes e de morte em nossa sociedade! Inseguranças, injustiças, maldades, maledicências! Quantas dores nos fazem sofrer! Unidos a Maria, estejamos em pé diante da Cruz.
6ª. Dor - Uma lança atravessa o Coração de Jesus
Consideremos como, depois da morte do Senhor, dois de seus discípulos, José e Nicodemos, O descem da cruz e O depõem nos braços da aflita Mãe que, com ternura O recebe e O aperta contra o peito. O momento fotografado nas imagens de Nossa Senhora da Piedade nos mostra o amor de mãe ao ver o filho sem vida nos braços. 
É a unidade com tantas situações que a Igreja, como mãe que é, vê seus filhos sem vida nos seus braços, seja pelos pecados, seja pelas injustiças ou perseguições. Com a mesma coragem e fé de Maria vivamos esses momentos difíceis deste conturbado século.
7ª. Dor - Jesus é sepultado
Consideremos como a Mãe dolorosa quis acompanhar os discípulos que levaram Jesus morto à sepultura. Depois de tê-Lo acomodado com suas próprias mãos, diz um último adeus ao Filho e ao Seu sepulcro, e volta para casa com as perguntas que toda mãe faz, ao mesmo tempo em que mergulha no mistério de Deus. Nós também, à imitação de Maria, encerremos o nosso coração no santo Tabernáculo onde reside Jesus, já não morto, mas vivo e verdadeiramente como está no céu. 
Mas procuremos também encontrá-Lo na pessoa dos irmãos, em especial dos mais pobres que nos fazem descobrir que Ele vive e está no meio de nós. 
Nesta Semana Santa queremos caminhar com Nossa Senhora das Dores pelos caminhos do Calvário, relembrando que a Paixão do Senhor nos anima a vivermos as obras de misericórdia neste ano santo extraordinário. Nestes dias, queremos pedir à Bem-aventurada Virgem Maria que nos ajude a ser fiéis no caminho de seu Filho. Quantas dores ela passou e suportou, e sempre esteve ao lado do Filho. Maria é exemplo de fiel discípula e missionária. É aquela que vive a dor na esperança da Ressurreição.
Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

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