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sábado, 29 de julho de 2017

HUMILDADE INTELECTUAL ........

                 

 Muitos confundem humildade com humilhação. Ser humilde não é ser subserviente. Uma pessoa subserviente é aquela que se dobra a qualquer coisa, se acovarda.

    

             A palavra "humildade" tem uma raiz indo-europeia, que é humus. Significa "o solo sob nós", isto é, estamos todos no mesmo nível. Humildade intelectual é a capacidade de saber que nós estamos no mesmo nível como fonte de conhecimento para outra pessoa. Eu sei que ensino e sei que sou ensinado. Só é um bom ensinante quem for um bom aprendente.

              A pessoa que tem humildade intelectual é aquela que não se torna arrogante. Aquela que, por conhecer algo, não acha que domina tudo que pode ser conhecido. Humildade intelectual é entender que ninguém sabe tudo o tempo todo de todos os modos.

             Ser humilde é ser capaz de entender que nós temos um nível de igualdade que nos aproxima daquilo que importa de fato, que é a ideia de humanidade que ensina e aprende em conjunto e que tem um patrimônio imenso (o conhecimento humano ) a ser repartido na sua fonte.

                Há vários momentos na vida em que nos acomodamos com o que já sabemos, com o que conhecemos, com a educação no patamar em que se encontra. Isso é muito perigoso, porque em muitas situações significa conformar, ficar aprisionado num determinado tempo, numa determinada maneira de pensar e fazer. Essa acomodação induz ao envelhecimento das práticas e das ideias. 

                É preciso balançar a cabeça um pouco; não no sentido literal, mas no sentido figurado. Os árabes tem um ditado que diz assim: " Homens são como tapetes, às vezes precisam ser sacudidos". Essa sacudida não é somente para tirar a poeira, mas para mexer, para produzir emoção ou até algum incômodo. 

                Não há ciência, inovação, crescimento sem incômodo. Não quer dizer obrigatoriamente dor, nem sofrimento, mas o desconforto de sair daquele lugar que nos acomoda, nos deixa estacionados, nos imobiliza naquela situação.

                 A desacomodação, em vários momentos nos provoca e nos impulsiona para um momento que pode e precisa ser melhor.  


Mario Sergio Cortella - Filósofo



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